terça-feira, 6 de agosto de 2013

Entorno do Beira-Rio provoca discórdia


O Beira-Rio será um estádio moderno, bonito e confortável. No entanto, ainda não se sabe exatamente como ficará a área que o circunda. Nem o Inter, nem a Andrade Gutierrez e nem a Prefeitura de Porto Alegre querem assumir — e, principalmente, pagar a conta — a obra de urbanização do complexo que será usado na Copa do Mundo de 2014. A estimativa é que iluminar e calçar a área custe cerca de R$ 6 milhões.
As discussões sobre o problema começaram há cerca de um ano e se desenrolam com poucas possibilidades de acordo. A obra não está contemplada na parceria celebrada entre o Inter e a Andrade Gutierrez. Exatamente por isso, a construtora não admite, pelo menos por enquanto, investir seus recursos nela. A Prefeitura de Porto Alegre, por sua vez, argumenta que não pode fazer uma obra sobre uma propriedade privada.
“Estamos falando do pátio do Beira-Rio, que é um estádio privado. A prefeitura não pode e não vai fazer esta reforma. O Inter já sabe disso. Tanto o Inter como a Fifa já foram comunicados, por ofício, que a prefeitura não fará a obra”, afirma o secretário municipal extraordinário da Copa, João Bosco Vaz, que pergunta: “Como é que celebraram um contrato de R$ 330 milhões com uma construtora e deixam uma calçada de fora?”.
O presidente Giovanni Luigi ainda crê no acordo com a prefeitura. Ele diz que o clube não tem recursos financeiros para fazer a urbanização e a iluminação da área conforme os padrões exigidos pela Fifa, principalmente antes da Copa do Mundo. “Vamos resolver o problema”, resume o presidente colorado.
Alguns de seus colegas dirigentes, porém, não enxergam assim. Dizem que o clube irá ceder, além do estádio, o Galpão Crioulo e o Gigantinho para a realização da Copa, desonerando a prefeitura da construção de estruturas temporárias. “Em outras cidades, as prefeituras estão investindo pesado neste tipo de construção. Aqui, não é necessário, pois o Inter irá ceder. Por isso, achamos razoável que a prefeitura faça a urbanização”, argumenta a 2º vice-presidente do Inter, Diana de Oliveira. Ela cita Curitiba, que teve de alugar uma área e construir uma série de instalações próximas da Arena da Baixada, como exemplo.